Terminou agora a pouco no salão Paroquial Paula Francinete, o
julgamento de Divando, acusado de matar a golpes de facas e com
requintes de crueldades a funcionária Lívia, que foi assassinada dentro
do seu local de trabalho, ou seja, dentro da Secretaria Municipal de
Educação. O crime aconteceu em 13 de janeiro de 2011. Segundo o Promotor
de Justiça João Molato Neto, o crime foi premeditado e por motivo
fútil, “ciúme”. O Promotor disse que o réu matou sua ex-mulher com 11
facadas, sendo cinco desferidas nas costas, e que no momento do júri o
réu não mostrou nenhum arrependimento, que tentou chorar, mas não viu
cair uma lagrima se quer, e mesmo que tivesse caído era lagrima de
crocodilo. O Promotor falou que Divando está respondendo por homicídio
doloso triplamente qualificado. Disse que o acusado foi armado com uma
peixeira para o local do crime, e que a faca não era da cozinha da
Secretaria de Educação, se fosse da Secretaria, não era uma peixeira e
sim uma simples faca de corta pão. Em seguida o Promotor João Molato
mostrou para os jurados a faca ainda suja de sangue e as fotos da vítima
do dia do crime.
Ao ser questionado em depoimento pelo Juiz Presidente Dr. Kelson
Carvalho Lopes da Silva, o réu não foi objetivo em suas respostas e
demonstrou um discurso contraditório em relação o seu primeiro
depoimento. Doutor Kelson pediu para que o mesmo fosse objetivo em suas
respostas, pois que ele estava sendo objetivo em suas perguntas.
O defensor público do caso falou para os jurados com base nos
altos, que o crime não foi premeditado, que o acusado e a vítima
chegaram a discutir, e que nessa discussão a vítima falou que o acusado
não era o pai de um dos filhos, e que a traição poderia ter despertado a
fúria do acusado. O defensor público pediu que os jurados votassem com o
sentimento de justiça e não com o sentimento de vingança.
O réu confessou o crime e falou que queria sua condenação de
acordo com a justiça de Deus. Mostrou-se disposto a pagar pelo crime que
cometeu. Não mostrou nervosismo em nenhum momento, apenas acenava para
seus familiares o tempo todo com um gesto de otimismo.
Com base nos altos, nos depoimentos, e com a votação do corpo de
jurados, o Juiz Presidente do Júri Dr. Kelson Carvalho Lopes da Silva
condenou Divando pelo assassinato de Lívia a 26 anos de reclusão em
regime fechado. Devido o réu ter confessado o crime o Juiz diminuiu a
pena para 24 anos e seis meses de reclusão em regime fechado.
O julgamento durou o dia todo, terminando somente no começo da
noite. Uma grande multidão tomou a rua, aguardando a saída de Divando.
Muitas pessoas começaram a vaiar no momento em que ele foi colocado no
carro. Em seguida ele transportado para a Penitenciaria José de Deus
Barros, em Picos, onde irá cumprir sua pena.
(MATÉRIA FONTE DO SITE: www.meionorte.com.br/inhuma)


















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